Histórico da Área de Física e Meteorologia

 

 

 

 

 

 

 

 

“Physica Agrícola” foi a primeira cadeira a ser lecionada na Escola Agrícola Prática Luiz de Queiroz,  quando do início de suas atividades, a três de junho de 1901. O curso de “Physica Agrícola” abrangia Física, Meteorologia, Mineralogia e Geologia. O responsável pela cadeira era o Professor Dr. Antônio de Pádua Dias, e o programa constava de noções preliminares de física, mecânica, acústica, calor, ótica, magnetismo, eletricidade estática e dinâmica.

Na segunda parte desse primeiro ano, era ministrado o curso de Meteorologia e Climatologia, abordando pressão atmosférica, ventos, calor solar, temperatura, evaporação, nuvens, chuvas, classificação climática, e visita ao posto meteorológico com manejo do instrumental. Era um programa bastante detalhado para a época, buscando mostrar ao aluno a necessidade de associar o clima com plantas e ani­mais. Da cadeira ainda fazia parte o estudo de Mineralogia e Geologia, que posteriormente foram desmembradas em outras cadeiras.

As pesquisas inicialmente orientadas para a climatologia e mais posteriormente para a Radioatividade,  começaram a partir do ingresso dos Professores Admar Cervellini, Enéas Salatti e Jesus Marden dos Santos.

As primeiras pesquisas foram realizadas conjuntamente com o Instituto Agronômico de Campinas, e desenvolveram bastante esse setor. O Departamento continuou no campo da Climatologia, e mais propriamente da Micro Climatologia. Intensificaram-se as pesquisas sobre Radiação Solar e sobre o problema da água no solo. Foi efetuado o levantamento solamétrico do Bra­sil, entre outros trabalhos.

Quanto ao Ensino, o Departamento foi precursor da reforma; já em 1966 iniciavam-se as aulas teórico-práticas com turmas de 25 alunos, critério adotado em toda a Escola posteriormente. Os assuntos lecionados seguiram a evolução natural e foram se modificando com o tempo.

Até esse ano e­ram as seguintes as disciplinas lecionadas: física e agrometeorologia (essenciais); Uso de diferentes fontes de energia, física da água na agricultura, microclimatologia e eletrificação rural (optativas). 

O  curso de pós-graduação em meteorologia começou a funcionar em 1976, e tinha por objetivo a formação de docentes, pesquisadores e profissionais especializados ao nível de mestrado. Ao curso podiam se candidatar engenheiros agrônomos, meteorologistas, e outros profissionais portadores de diplomas universitários que desenvolviam atividades relacionadas com aplicação da meteorologia na agricultura.

 



 

O Posto Meteorológico

Desde 1917, o Departamento de Física e Meteorologia sempre teve sob sua responsabilidade o Posto Meteoro-Agrário, hoje Posto Agrometeorológico, onde são realizadas leituras meteorológicas diariamente, como temperatura máxima e mínima, precipitação pluviométrica e outras. Anexo ao Posto, o Departamento tem um campo experimental onde são realizados vários experimentos. Sempre manteve vários convênios com entidades tais como a Ciba-Geigy e o Planalsucar, além de colaborar e prestar assessoria à comunidade através do Ministério da Educação e Cultura, Fundação Getúlio Vargas, Refinadora Paulista S-A, e várias outras entidades.

O ensino de Física e Meteorologia, iniciou-se em 27 de janeiro de 1969, com a 1a. Cadeira de Física e Meteorologia da ESALQ. As principais contribuições em pesquisa sempre estiveram nas áreas de evaporação e evapotranspiração, balanço hídrico de culturas agrícolas, física de solos e relações solo-água-planta-atmosfera. Foram desenvolvidos vários métodos de determinação de propriedades de sistemas agrícolas, alguns até adotados internacionalmente.

A participação dos pesquisadores em Física Ambiental foi muito forte. Em termos de extensão, a área de Física e Meteorologia do LEB também vem contribuindo muito na área de meteorologia, através da coleta de dados meteorológicos que podem ser fornecidos aos interessados na forma de tabelas, laudos e gráficos. Também se envolve em serviços laboratoriais na área de física de solos, fazendo determinações de curvas de retenção de água pelo solo, condutividade hidráulica do solo e outras propriedades físicas do solo.

Na área de Energia Nuclear, contribuiu na detecção de contaminações radioativas em produtos agrícolas e solo. O Ex- Departamento de Física e Meteorologia sempre manteve um intercâmbio científico intenso com entidades nacionais e internacionais. Contribuiu no tema mundial de "Global Change" e participou de grupos internacionais de pesquisa nas áreas de micrometeorologia, física de solos e energia nuclear na agricultura.