Objetivos:
Os recentes aumentos nas áreas de produção de culturas agrícolas (milho, cana-de-açúcar e outras) para fins de biocombustíveis de primeira geração têm gerado preocupações crescentes sobre possíveis conflitos com o abastecimento de alimentos e proteção do solo e da água, bem como a emissão de gases de efeito estufa; isto faz aumentar o senso de urgência de governantes, empresários e pesquisadores em torno do desenvolvimento de biocombustíveis produzidos a partir de biomassa não alimentar , denominados de biocombustíveis de segunda geração. Esta disciplina analisa as implicações técnicas, econômicas e ambientais da produção de biocombustíveis de primeira e segunda gerações a partir de uma ampla variedade de matérias-primas com ênfase maior em cana-de-açúcar. O custo de produção dos biocombustíveis de segunda geração é uma barreira importante para aumentar a produção comercial no curto e médio prazos. O desenvolvimento de novas tecnologias e o aumento da escala de produção são as principais alternativas existentes para superar os entraves atuais existentes.
Justificativa:
A produção de bioenergia em larga escala, requer o desenvolvimento de sistemas de cultivos agrícolas intensivos, associados a estratégias bem definidas de colheita da biomassa, logística (transporte e armazenamento), industrialização e comercialização dos produtos finais derivados. Em função dos elevados investimentos (CAPEX) necessários para a implantação dos sistemas bioenergéticos, os aspectos de sustentabilidade ambiental devem ser levados em consideração na etapa de projeto, uma vez que a médio e longo prazos é preciso assegurar a sustentabilidade da produção desta biomassa no ecossistema em questão, uma vez que o setor é fortemente regulado por agências governamentais, que estarão atentas à imposição dos códigos ambientais vigentes (Florestal, Recursos Hídricos e Ocupação do Solo) inicialmente na forma de “Licenciamento Ambiental do Empreendimento” e “Outorga do Uso da Água” visando a emissão da “Licença de Implantação do Empreendimento” e posteriormente na forma de auditorias periódicas para renovação da “Licença de Operação”.Sistemas de Biomassa para produção de energia em pequenas, médias e grandes escalas de operação, precisam ser desenvolvidos e demonstrados para empreendedores agrícolas e industriais, com a colaboração efetiva dos agentes governamentais envolvidos com atividades de regulação e pesquisa científica (ANA, ANEEL,FAPESP, IPT, Universidades, CTBE, etc.).
Conteúdo:
Produção de Biomassa: Sistemas de cultivos agrícolas intensivos, estratégias de colheita da biomassa, logística (transporte e armazenamento), industrialização e comercialização dos produtos finais derivados. Culturas para Produção de Biomassa: Culturas Perenes x Culturas Anuais, Recursos Florestais e outras. Sustentabilidade de Sistemas Bioenergéticos: Pegada Hídrica e Pegada de Carbono na produção de BioEnergia e Biocombustíveis. Densificação da Biomassa, Caracterização da Matéria Prima, Armazenamento da Biomassa, Seleção e Pré-tratamentos. Tecnologias de Bio-Conversão: Transformação da biomassa em eletricidade, bio-combustíveis e outras formas de potências estacionárias através de mecanismos térmicos, químicos e biológicos: Biodigestores (metano), Rota Enzimática (C6 e C5), Pirólise e Gaseificação da Matéria (Syngaz). Licenciamento Ambiental do Empreendimento,Outorga do Uso da Água, Licença de Implantação do Empreendimento e Licença de Operação. Transferência Tecnológica: Sistemas de Biomassa para produção de energia em projetos pilotos, pequenas, médias e grandes escalas de operação.
Forma de Avaliação:
Provas teóricas e trabalho aplicado.
Observação:
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